Rogério Marinho pode perder mandato de senador: entenda;

Foto/Reprodução 

Por Henrique Sá 

O Rio Grande do Norte elegeu no último dia 2 de outubro, Rogério Marinho (PL) para o Senado Federal, mas a situação do ex-ministro do governo Bolsonaro não é nada confortável, inclusive, ele pode perder o mandato ainda em 2023.

Marinho é alvo de uma ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) no Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN)  que aponta fatos gravíssimos que, supostamente, configuram atos de abuso de poder político e econômico no pleito de 2022 praticados por Rogério.

Entre esses atos, há relatos de que ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) articulou um esquema bilionário envolvendo o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), chegando até costurar mudanças na estrutura da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), envolvida em denúncias de corrupção e investigada pela Controladoria Geral da União (CGU), para facilitar o uso ilegal de dinheiro público em troca de apoio político. 

O presidente da Codevasf, Marcelo Moreira Pinto, foi indicado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e pelo ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), os manda-chuvas do Centrão que tomam conta de grande parte do Orçamento da União. Eles também dominam os recursos do orçamento secreto.  


A ação protocolada pelo advogado Érick Pereira, contra Rogério Marinho também descreve que verbas eram repassadas apenas para os apadrinhados do ex-ministro do MDR.

“Todo o esquema ilícito foi desenvolvido de forma premeditada, já que o Investigado (Rogério Marinho) poucos meses após assumir a chefia do MDR, costurou uma mudança na estrutura da empresa pública Codevasf, viabilizando a transferência de recursos federais de forma desenfreada e sem qualquer controle para que fossem atendidos interesses pessoais dos destinatários e, no caso do Investigado (Rogério Marinho), o apoio à sua candidatura”, diz trecho do documento.

Outra parte da ação é sobre as cifras e critérios políticos usados no  orçamento da Codevasf destinado à distribuição de emendas do relator a deputados e senadores do “Centrão”, que em 2022 pulou de R$ 610 milhões para R$ 1,2 bilhão.

“O montante transferido denota a anomalia do que foi feito, já que os valores aumentaram vertiginosamente em relação ao que era corriqueiramente transferido, beneficiando os aliados do investigado, enquanto os que não o apoiavam eram esquecidos."

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