Entenda as conexões da Globo com o PL das "Fake News" e as possíveis consequências para o Brasil

Foto:Reprodução/Internet 

Do Blog do Esmael

O PL Fake News tem gerado muita discussão no Brasil, e não é para menos. A proposta visa combater a disseminação de informações falsas na internet, mas há muitas controvérsias em torno do projeto. E um dos principais pontos de discussão é a atuação da Rede Globo em favor da aprovação da proposta.

Segundo Leonardo Attuch, do Brasil 247, a Globo tem um departamento de relações institucionais com mais de 30 pessoas atuando no lobby dentro da Câmara dos Deputados para aprovar o PL em regime de urgência. Mas será que o que é bom para a Globo é bom para o Brasil?

É importante lembrar que a Globo tem um histórico nem sempre positivo em relação à disseminação de informações. Pelo contrário. É a principal propagadora de desinformação e notícias falsas no país. Por isso, o PL das Fake News pode acabar sendo um instrumento de censura e cerceamento da liberdade de expressão.

Porém, é necessário encontrar um equilíbrio entre combater a desinformação, garantir a liberdade de expressão e o acesso à informação para toda a sociedade. E para isso, é preciso corrigir possíveis distorções no projeto e garantir que ele não seja usado para perseguir ou calar vozes dissidentes.
Para isso, é importante que a população e os parlamentares discutam a proposta e suas implicações de forma aberta e transparente.

A polêmica envolvendo remuneração e o combate à desinformação


O PL Fake News, de autoria do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), tem como objetivo principal combater a desinformação na internet, estabelecendo regras para a identificação, verificação e responsabilização por disseminação de fake news. No entanto, uma das principais discussões em torno do projeto é a remuneração dos veículos de comunicação pelo trabalho. Ou seja, o combate à desinformação é apenas uma “jabuticaba” nesse debate cujo interesse maior das corporações midiáticas é o financeiro.

De acordo com o projeto, as plataformas digitais serão obrigadas a remunerar os veículos de comunicação que produzem “jornalismo profissional” e se dedicam a combater a desinformação. Essa remuneração seria negociada diretamente entre os veículos de comunicação e as plataformas digitais, de acordo com a audiência e o engajamento gerado pelas publicações. Ocorre que esses veículos de comunicação poderão ter o monopólio da mentira e da fake news.

Além disso, a remuneração dos veículos de comunicação pode acabar privilegiando os veículos tradicionais da velha mídia, que têm mais poder de pressão sobre as plataformas digitais, em detrimento de veículos independentes e alternativos.

O Projeto de Lei das Fake News tem sido alvo de acaloradas discussões por supostamente visar combater a disseminação de informações falsas na internet. Contudo, sua parte mais “bonita” não conta a história completa. Na verdade, há um “vício oculto” nesse debate que pode prejudicar a mídia independente, concentrando a monetização nos grandes veículos de comunicação e dando origem à ditadura da opinião única. É preciso ter cuidado com esse aspecto do Projeto de Lei, pois representa um risco à frágil democracia brasileira.


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